sábado, 8 de fevereiro de 2014

O FIM DO PERNAMBUCO HOLANDÊS

Foto tirada por Francisco Monteiro na BR 232 PE
Depois da saída de Nassau do Brasil, a administração holandesa intensificou a busca de lucros .
Os dirigentes da companhia das Índias Ocidentais passaram a pressionar os senhores de engenho para aumentar a produção de açúcar, pagassem mais impostos e liquidassem as dividas atrasadas.  Ameaçaram confiscar os engenhos de seus proprietários , caso as exigências não fossem cumpridas . Além disso, limitaram a tolerância religiosa , proibindo os católicos de praticar livremente sua religião. Percebendo que corriam o risco de perderem suas propriedades ou até mesmo de serem presos , os senhores de engenhos começaram a articular uma rebelião visando expulsar os holandeses do nordeste. A resistência não tinha armas  nem a organização dos holandeses . A maioria dos Brasileiros contavam apenas com paus , espadas , facões , arcos e flechas , enquanto os invasores tinham grande quantidade de armas de fogo:pistolas , arcabuz , mosquetes, canhões. Os patriotas , contudo , tinham o apoio de Antônio Teles da Silva, governador geral do Brasil, secretamente ajudava os heróis do da resistência : André Vidal de Negreiros , o índio poti (Antônio Filipe Camarão)e Henrique Dias.  Os conflitos , chamados de insurreição pernambucana , ou guerra Brasílica , começaram em 1645 e se estenderam por nove anos. Além dos luso brasileiros, participaram , dos confrontos grupos indígenas , que foram comandados por Antônio Filipe Camarão que era catequizado , e soldados negros , liderados por Henrique Dias. Os conflitos , chamados de insurreição pernambucana começaram em 1645 e se estenderam por nove anos. Além dos luso brasileiros , participaram dos confrontos grupos de indígenas , que foram comandados por Antônio Filipe Camarão que era era catequizado , e soldados negros , liderados por Henrique Dias. Assim , apesar dos espiões , apesar das toscas armas, apesar do acordo de paz e tréguas entre Portugal e Holanda , os pernambucanos derrotaram fragorosamente os holandeses,  no monte das Tabocas ( hoje uma grande área verde em Vitória de Santo Antão PE ) , em 1645 . A luta estendeu se a outras capitanias dominadas pelos estrangeiros . Estes também desrespeitaram o tratado , e em 1647 invadiram a Bahia . Só então Portugal enviou tropas ao Brasil.

BATALHA DAS HEROÍNAS
Em 1646 , ano do acontecimento , o distrito possuía apenas uma rua larga , quase uma praça , ladeira da com casas simples , destacando se ao final dela a igreja de São Lourenço de Tejucupapo, de arquitetura jesuíta, como acontecia com  as igrejas erguidas no inicio da colonização. Mesmo não se  conhecendo com exatidão a data real de sua construção, os indícios existentes remontam do século 16 , sabendo se , com segurança , que em 1630 já existia. Naquele ano os holandeses já aviam praticamente perdido o domínio que durante algum tempo mantiveram sobre quase todo o território pernambucano , e como se encontravam cercados e necessitando de viveres, cerca de aproximadamente 600 holandeses, saídos por mar do Forte Orange, na ilha de Itamaracá , sob o comando do almirante Lichthant, tentaram ocupar Tejucupapo , onde esperavam encontrar farinha de mandioca e o caju ( Fruta típica da região nordeste do Brasil ) que devido as adversidades e circunstâncias momentâneas haviam transformado em produtos extremamente importantes que valia a pena ariscar se para ter como viveres. Segundo os relatos históricos mais aceitos, eles tomaram por esta escolha justamente o domingo pelo fato de nesse dia como costumeiro dos homens do lugar ir no domingo ao Recife montados a cavalo vender o peixe e outros pescados nas feiras. Sendo desta forma suponham do está a comunidade menos protegida era o que pensava os holandeses. Mas foram decepcionados em sua busca por alimentos. Segundo os relatos históricos, a informação que os holandeses se aproximavam iniciou uma reunião com fins de reação por parte dos moradores do vilarejo. Os valentes e bravos moradores que tinham em sua frente de liderança Maria Camarão, Maria Clara, Joaquina e Maria Quitéria lutaram com extrema bravura contra os invasores holandeses, mesmo tendo poucos homens no momento do embate. Os homens que estavam no lugar preocupavam se em emboscar os holandeses, atacando os dando tiros e os desgastando fisicamente e mentalmente lhes tirando o sossego para lhes deixarem vulneráveis dos ataques que se seguiriam.  Segundo as evidencias  históricas informam que as mulheres ferveram água em panelas de barro, lhes acrescentando pimenta, e ficando escondidas em trincheiras que tinham cavado , atacavam os invasores com a mistura fervente que em nenhum momento se esperava por eles. Os seus principais objetivos eram os olhos pois o intuito era derrota los da maneira mais efetiva possível pois poucos possuíam armar de fogo. Como a emboscada era a maneira mais efetiva usada conseguiram bravamente conquistar seu objetivo de derrotar os invasores holandeses. No fim de dia se teve um saldo de mais de trezentos mortos. Os corpos ficaram espalhados pelo pequeno vilarejo de Tejucupapo mas a maior baixa foram dos holandeses. A batalha durou aproximadamente 4 horas mas as mulheres e homens de Tejucupapo saíram vitoriosos desta que se tornou uma das mais incríveis participação ou a mais importante participação da mulheres pernambucanas.  A pesquisa arqueológica permitiu a recuperação do perímetro o fosso e a identificação da localização da paliçada que o cercava . No local do confronto há um obelisco ( vestígio de um baluarte e de trecho do fosso que circundava a fortificação ) implantado Instituto Arqueológico , no qual foram assentados 3 placas com os seguintes dizeres: Aqui, em1646 ; as mulheres de Tejucupapo conquistaram o tratamento de heroínas por terem com as armas, ao lado dos maridos filos e irmãos , repelido 600 holandeses que recuaram derrotados. Memória do Instituto Arqueológico em 1931.                                                           

BATALHA NO MONTE DAS TABOCAS  




Foto tirada por Francisco Monteiro de Araujo em Vitória de Santo Antão PE

A batalha no monte das Tabocas, fruto da guerra da restauração do território pertencente ao império português , foi travada entre os holandeses ( também chamados de neerlardeses ) e os luso brasileiros e portugueses. A batalha ocorreu em 3 de agosto de 1645 , sendo vencedores as forças brasileiras , essa batalha viria a ser lembrada e marcar na história o início da definitiva retirada dos holandeses do nordeste do Brasil. O monte das Tabocas é uma área verde de mata atlântica de aproximadamente 11 hectares, localizados no município de Vitória de Santo Antão PE, que em 3 de agosto foi palco desta grandiosa batalha. Os primeiros lideres foram Antônio Dias Cardoso e João Fernandes Vieira, se utilizando de técnicas de trincheiras nas partes altas do monte e protegidos pelos Tabocais derrotaram os Flamengos
Foto tirada por Francisco Monteiro de Araujo em Vitória de Santo Antão PE
(neerlandeses ou holandeses).  Cumprindo a promessa feita por Fernandes Vieira, foi inaugurada no lugar da celebre batalha no monte das Tabocas uma capela pelo tri centenário da cidade em 3 de agosto de 1945. A capela é a de Nossa Senhora de Nazaré, construída com pedras do local.

BATALHA DE CASA FORTE
O combate de 17 de agosto de 1645, que ficou conhecido como a batalha de Casa Forte , em alusão ao local onde foi travado, foi uma das mais notáveis vitórias pernambucanas na guerra contra o domínio holandês.  A pós a derrota imposta ao exército holandês pelos pernambucanos no monte das Tabocas no dia 3 de agosto de 1645, em Vitória de Santo Antão , Pernambuco, a tropa batia , na sua marcha de volta ao Recife , compactou no engenho Casa Forte pertencente a Ana Paes. No dia 16 de agosto de , o chefe dos holandeses , coronel Henrique Hous ( Van Heus ), enviou o major Carlos Blaer com um destacamento para fazer uma revista nas casas do povoado da Várzea onde residiam as família de chefes revolucionários  pernambucanos e prender suas mulheres.A missão voltou no mesmo dia , com várias prisioneiras , entre as quais Isabel de Góis , mulher de Antônio Bezerra,Ana Bezerra , sogra de João Fernandes Vieira e Mari Luísa de Oliveira, mulher de Amaro Lopes, que foram encarceradas na Casa Grande do engenho.
Foto tirada por Francisco Monteiro em Tejipió Recife PE

Comunicado o fato ao exército pernambucano que se encontrava nas proximidades de  Tejipió, os chefes Henrique Dias, João Fernandes Vieira  e Filipe Camarão, arregimentaram seus  homens e partiram para socorrer as mulheres pernambucanas.   Marchando sob pesada chuva e enfrentando as más condições dos caminhos , conseguiram atravessar o rio Capibaribe , na Altura do bairro do Cordeiro , até alcançar e cercar o engenho de Ana Paes , na manhã do dia 17 de agosto.  Pegos de surpresa pela fúria dos pernambucanos , os holandeses se refugiaram na Casa Grande e colocaram as mulheres nas janelas que foram escancaradas .  O chefe da tropa pernambucana , interpretando o ato como sinal de capitulação, ordenou um cessar fogo e enviou um oficial para negociar a rendição com os holandeses . O emissário foi morto covardemente na frente da tropa, o que indignou a todos . Esquecendo que entre os holandeses se encontravam as mulheres dos chefes militares , os pernambucanos enfurecidos e revoltados atacaram ateando fogo na casa . Cercados , sufocados e com baixa visualização por causa da fumaça o , coronel holandês Henrique Hous , levantou bandeira branca no cabo de uma pistola , em sinal de rendição junto com sua tropa. Mas a derrota lhes custou um preço alto pois 37 mortos, muitos feridos 300 prisioneiros, muitas armas, cavalos e comida  Muitos da elite militar foram presos neste dia. Isso deixou os holandeses tal aterrorizados que mandaram arrasar com as residencias do Recife , com as árvores do parque de Nassau e e determinaram a retirada imediata das suas forças militares dos fortes de Sergipe ,São Francisco e Porto Calvo e sua transferência para garantir sua segurança no Recife e proximidades As baixas pernambucanas foram poucas e as mulheres libertadas e os feridos levados ao engenho Apipucos e São João na Várzea . Os prisioneiros holandeses foram levadas para a Bahia .Já o coronel Henrique Hous partiu da Bahia para  Portugal  No 6 de fevereiro de 1645, chegando a ilha Terceira onde ficou encarcerado no castelo de São João até sua ida para Lisboa onde se recusou a prestar serviços militares a Portugal , e foi mandando para a Holanda voltou ao Brasil  e foi morto em Pernambuco na batalha dos montes Guararapes em abril de  1648.      


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